Revista de Gestão e Negócios do Esporte https://rgne.org.br/index.php/home <p><strong>A Revista de Gestão e Negócios do Esporte (RGNE) </strong><span style="font-weight: 400;">é uma publicação da </span><a href="http://www.abragesp.org.br/"><strong>Associação Brasileira de Gestão do Esporte (Abragesp)</strong></a><strong>, </strong><span style="font-weight: 400;">com o apoio da</span> <a href="http://www.fia.com.br/"><strong>Fundação Instituto de Administração (FIA)</strong></a><span style="font-weight: 400;">, voltada para a produção e disseminação do conhecimento da Gestão do Esporte e os diversos temas relacionados à esta área.</span></p> <p><a href="http://revistagestaodoesporte.com.br" target="_blank" rel="noopener"><span style="font-weight: 400;">Acessar edições anteriores, cique aqui.</span></a></p> pt-BR Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2448-3052 Sport management at the municipalities of the state of Santa Catarina: an outlook of the structure of its governance and public policies https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/152 <p>A análise acerca das políticas esportivas desenvolvidas no nível dos municípios brasileiros ainda é escassa. Tal lacuna é preocupante, considerando-se a relevância de tais políticas para compreensão do panorama de desenvolvimento esportivo do país. Além disso, é importante conhecer os arranjos administrativos que propiciam a entrega do serviço esportivo à comunidade, a estrutura e os grupos de interesse ligados ao desenvolvimento das políticas públicas, além das predisposições políticas e culturais da área. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi o de levantar, catalogar e analisar dados relacionados a gestão do esporte nos municípios do estado de Santa Catarina. Os dados foram coletados através do Instrumento de Pesquisa de Gestão do Esporte nos Estados e Municípios (GEEM), possuindo 270 questões, divididas em seis pilares: Dados da entidade; governança, recursos humanos, política para o esporte, infraestrutura esportiva e cultura esportiva. Os gestores dos 295 municípios do estado de Santa Catarina receberam acesso ao sistema, no site do Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva (IPIE), e responderam o instrumento de maneira online. Os dados foram tratados de maneira quantitativa, nos softwares Excel e Power BI.&nbsp; Participaram do estudo 171 municípios. No que concerne aos itens relativos à governança destas entidades, os resultados apontam uma fragilidade profunda desses órgãos ao endereçarem princípios de boa governança. Itens relativos a transparencia, como publicacao de documentos, aos processos democraticos, como a não existencia de conselho para o esporte, a equidade e diversidade dos &nbsp;gestores de maior nível hierárquico apresentam resultados que evidenciam praticas falhas ou inexistentes. Já no que diz respeito ao planejamento, efetivação e avaliação da política municipal de esporte, um percentual consideravel de municipios nao possui documento balizador da política esportiva local. Com relação aos níveis de atendimento, foi possível observar foco para o esporte para toda vida. Na implementação das ações, nota-se um baixo percentual de ações para pessoas com deficiência. A avaliação da política de esporte foi tambem um item que apresentou escassos indices de pratica nos municípios. De maneira geral, os dados apontam para um nível de governança baixo dentro da gestão do esporte nos municípios, princípios de transparência, prestação de contas e processos democráticos precisam ser ampliados. Tais achados podem subsidiar futuras pesquisas na área que dialoguem com as teorias sobre a gestão de políticas públicas de esporte, buscando traçar metodologias aplicáveis as diferentes realidades encontradas. A aglutinação e análise dos dados pode favorecer a formulação de políticas públicas de esporte mais efetivas, buscando valor social para a comunidade onde é desenvolvida.</p> Sabrina Furtado Joao Victor Moretti de Souza Fernando Marinho Mezzadri Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 Gestão de projetos no esporte: Infraestrutura de segurança em praças desportivas https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/153 <p>Esse estudo faz parte da monografia apresentada a Universidade de São Paulo para obtenção do título de especialista em gestão de projetos. O gerenciamento de riscos em eventos esportivos apresenta uma complexidade que varia significativamente entre os diferentes tipos de competições. Essa diversidade é evidenciada ao compararmos eventos esportivos realizados em condições climáticas e culturais distintas, como as Olimpíadas de Inverno e as Olimpíadas de Verão. As condições adversas em um evento de inverno, que podem incluir temperaturas extremamente baixas e condições de gelo, não são comparáveis às adversidades enfrentadas em eventos de verão, que frequentemente lidam com altas temperaturas e umidade. Além disso, o perfil do público e os tipos de esportes praticados também diferem, influenciando diretamente na natureza dos riscos envolvidos. A mídia desempenha um papel crucial ao evidenciar a frequência de eventos adversos em competições esportivas, especialmente em partidas de futebol, onde são comuns relatos de brigas entre torcedores, manifestações de racismo, lesões graves em jogadores e até casos de mal súbito. Estudar essas peculiaridades é essencial para a implementação de estratégias eficazes de gerenciamento de riscos, visando garantir a segurança de todos os envolvidos. O foco deste trabalho é identificar e analisar os potenciais eventos negativos que podem ocorrer em um estádio durante uma partida de futebol. Para isso, foi desenvolvida uma matriz de identificação de riscos junto com uma matriz de probabilidade, organizando os riscos potenciais e avaliando suas chances de ocorrer e o possível impacto no evento. A partir desta análise, foram identificados cinco principais riscos: violência entre torcedores, condições climáticas adversas, falhas estruturais no estádio, problemas de saúde entre os participantes e questões relacionadas à segurança pública. Um plano de respostas foi então elaborado para cada um desses riscos. O risco considerado de maior impacto, a violência entre torcedores, foi transferido para uma empresa especializada em segurança de eventos, que desenvolveu uma estratégia específica para mitigar esse problema. Esse processo de transferência de risco é uma prática comum em gerenciamento de riscos, permitindo que organizadores de eventos se concentrem em outros aspectos da gestão enquanto especialistas cuidam dos riscos mais críticos. Os resultados da implementação do plano de gerenciamento de riscos foram significativos. Observou-se não apenas uma redução nos incidentes durante o evento, mas também uma diminuição no orçamento final, evidenciando a eficácia de uma gestão de riscos bem planejada e executada. Este estudo destaca a importância de uma abordagem proativa na gestão de eventos esportivos, garantindo não só a segurança de todos, mas também a viabilidade financeira e a reputação do evento.</p> Luis Fernando Gonçalves Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 Classificação de esportes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos para implementação de políticas e ações https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/155 <p>O Governo Federal tem estipulado metas para o Brasil de posição no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos (JOs) e Paralímpicos (JPs), sendo desafiador aos gestores decidir sobre a implementação de políticas e ações, considerando o rol de esportes que compõem os programas de competição e as limitações de incentivos e recursos financeiros. O diagnóstico do impacto desses esportes sobre os países, para alcance das primeiras colocações, pode contribuir para tomadas de decisão, sendo possível por meio da análise de agrupamentos. Tal abordagem pode apresentar algumas vantagens, tais como comparar práticas, avaliar a situação e identificar oportunidades de mudanças; e verificar a existência de comportamentos semelhantes entre observações, podendo revelar relações que não é possível de forma individual. O presente estudo pretendeu caracterizar e classificar grupos de esportes dos programas dos JOs e JPs de verão, como suporte à tomada de decisão, visando à entrada e permanência do Brasil no conjunto de países mais bem colocados nessas competições. Para formação dos grupos, utilizou-se uma técnica multivariada, não-supervisionada de aprendizagem de máquina, conhecida como análise de agrupamentos, com aplicação de esquemas de aglomeração hierárquico, não hierárquico e híbrido, por meio da linguagem de programação “R” (versão 4.0.5), no aplicativo de ambiente “RStudio” (versão 1.4.1106). Para a definição das variáveis de agrupamento e caracterização e classificação dos conglomerados, utilizou-se recursos da estatística descritiva, com emprego de dados, relacionados aos resultados dos JOs e JPs Tóquio 2020 (realizados em 2021), coletados nos sítios eletrônicos dos comitês Olímpico e Paralímpico internacionais. Resultados apontaram a formação de quatro grupos de esportes do JOs e três grupos do JPs, contendo características, graus de importância, concorrência e barreiras de entrada entre as nações TOP 10 e TOP 5, possibilitando averiguar comportamentos nos grupos e sugerir intervenções. Apesar da relevância dos grupos de esportes em que o Brasil apresentou mais vantagem competitiva, propõe-se estímulos com a priorização de determinados grupos, para o curto/médio e longo prazos, uma vez que um desempenho mais equilibrado nos conglomerados parece ser mais adequado para sustentar a posição do País. Tendo em vista que o setor esportivo brasileiro é composto e impactado por agentes, tanto do setor público quanto privado, sugere-se que a implementação das políticas e ações seja alinhada e compartilhada entre os “stakeholders”, visando evitar a sobreposição de ações e para que cada um contribua de acordo com sua finalidade e capacidade. Embora uma técnica não-supervisionada, sugere-se adaptar a análise de agrupamentos para monitoramento do desempenho do Brasil e de países adversários, entre grupos, durante ciclos olímpicos e paralímpicos.</p> Vítor Evangelista Almada Cleanderson Romualdo Fidelis Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 Multi-club ownership: Uma análise bibliométrica e agenda para futuras pesquisas https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/156 <p>Este estudo explora as mudanças e complexidades na propriedade de clubes de futebol, com um foco especial na adoção de modelos de múltiplas propriedades (<em>multi-club ownerships</em>) e suas implicações. Executou-se uma revisão bibliométrica, empregando bases de dados como <em>Web of Science</em>, <em>Scopus</em> e Google Acadêmico. A metodologia incluiu a análise quantitativa de publicações para identificar tendências, frequências e conexões entre os principais temas discutidos no campo. Os resultados destacam uma atenção emergente da academia ao fenômeno, observando-se um aumento nas publicações a partir de 2017, em especial relacionada às implicações regulatórias e ao impacto das estruturas de propriedade sobre a competitividade e a integridade das competições dentro das ligas europeias. A análise revelou que temas frequentes nas publicações incluem discussões sobre as leis, regulamentos e a influência dos modelos de propriedade sobre os resultados esportivos e financeiros dos clubes. Em conclusão, o estudo aponta para a necessidade de uma compreensão sobre como as redes de propriedade múltipla influenciam as dinâmicas internas dos clubes e ligas, destacando a importância das estratégias organizacionais e das políticas de governança para assegurar a transparência e a ética no futebol moderno. Futuras pesquisas poderiam explorar as trocas de ativos entre clubes dentro dessas redes e suas implicações para os mercados de transferências e a competitividade das ligas, bem como os impactos dessas estruturas na migração de jogadores e na composição de ligas internacionais.</p> Felipe Alexandre de Souza Félix Nunes Carlos Alberto Gonçalves Thadeu Miranda Gasparetto Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 Futebol na Administração, Ciências Contábeis e Turismo: uma síntese da produção científica na plataforma SPELL entre 2017 e 2023 https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/157 <p>Este artigo tem o objetivo de analisar a produção acadêmica sobre futebol em revistas brasileiras nas áreas de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo no período entre 2017 e 2023 presentes na base de dados SPELL. A classificação da CAPES considerada para o período foi a que está entre 2017 e 2020. Com os termos-chave “futebol”, “football” e “soccer”, em título, resumo e palavras-chave, e avaliando os tópicos: periódicos, classificação das revistas, autores, vínculos institucionais dos autores, autorias por instituição, aparições em trabalhos diferentes, número de autores por trabalho, procedimentos metodológicos (abordagem do problema, objetivo, estratégia de pesquisa e instrumentos de coleta de dados), subárea, ano das publicações. Ao todo, foram encontrados 140 artigos no recorte selecionado. Dentre os destaques do levantamento, aponta-se a revista Podium com um quarto das publicações da amostra. Conforme esta informação, quase quatro quintos do total são de revistas classificadas entre A3 e B1. O autor mais proeminente no levantamento foi Thiago Bruno de Jesus Silva, com sete participações em trabalhos distintos; no total, 315 pesquisadores compõem a amostragem. Dentre os vínculos institucionais dos autores que aparecem na pesquisa, as instituições com maior impacto foram a Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade de São Paulo, ambas lideraram em autores totais, autorias e aparições em artigos diferentes. Ao todo, 311 instituições foram encontradas. Quanto ao número de pesquisadores por trabalho, o mínimo foi um e o máximo, seis. No entanto, os mais comuns foram artigos escritos em duplas, com mais de 36%, e em trios, com quase 30%. No que tange aos procedimentos metodológicos, observou-se a predominância de estudos de abordagem quantitativa, com mais de dois terços do total. Já no que se refere às estratégias, a mais frequente foi a documental, com quase metade dos trabalhos; outras formas muito utilizadas foram levantamento e estudo de caso, que somaram números superiores a 40% do conjunto. Quanto aos objetivos, os artigos descritivos apareceram mais, com 65% de tudo. A coleta de dados também foi verificada e, em sua maioria, foram documentais, com mais da metade dos estudos; outras formas de busca de informações que apareceram com frequência foram entrevistas e questionários. As subáreas com mais pesquisas realizadas foram Mercadologia, com 46%, Administração Financeira, com 30%, e Ciências Contábeis e Administração de Setores Específicos, com 23% cada. Por fim, no período analisado, houve mais trabalhos realizados no início da amostra, de 2017 a 2019. Percebeu-se com este levantamento um foco em pesquisas no âmbito financeiro das agremiações esportivas, bem como em pesquisadores com vínculos em instituições dos estados de Santa Catarina e São Paulo. Há também uma preocupação com a imagem dos clubes brasileiros e sua administração. Um ponto importante é que o futebol aparece como temática de pesquisa em periódicos distintos, mas que possuem relevância na classificação da CAPES, o que pode indicar que o assunto tem potencial e relevância nas áreas de Gestão e Ciências Contábeis.</p> Régis Michels Nazi Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 A Revolução do Pré-Legado: Impactos Antecipados dos Jogos Olímpicos https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/158 <p>Este ensaio teórico explora o conceito emergente de “pré-legado” no contexto dos Jogos Olímpicos e outros megaeventos esportivos, focando nos impactos que ocorrem antes do início oficial das competições. Tradicionalmente, o termo “legado” tem sido central no discurso sobre megaeventos, referindo-se aos efeitos duradouros que essas grandes celebrações deixam nas cidades-sede. No entanto, o conceito de “pré-legado” introduz uma nova dimensão, destacando as mudanças e os benefícios que começam a se materializar bem antes de a chama olímpica ser acesa.</p> <p>O texto começa com uma discussão sobre a evolução do conceito de legado, que ganhou proeminência global a partir dos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984. Este evento foi pioneiro ao introduzir um plano de marketing focado na sustentabilidade e na criação de uma fundação para gerenciar o legado, revertendo a tendência de eventos deficitários como os Jogos de Montreal de 1976. Desde então, o conceito de legado se consolidou, influenciando candidaturas olímpicas e sendo formalmente integrado ao discurso do Movimento Olímpico a partir de 2003.</p> <p>O ensaio avança para explorar o pré-legado, mostrando como ele se manifesta nas fases de planejamento e preparação dos megaeventos. Exemplos contemporâneos, como a antecipação da entrega da Vila Olímpica em Brisbane antes dos Jogos de 2032, ilustram como o pré-legado pode oferecer soluções imediatas para desafios locais, como a crise imobiliária. Da mesma forma, o pré-legado dos Jogos de Los Angeles 2028 já começou a se materializar com iniciativas como o PlayLA, que promove o esporte entre jovens anos antes do evento.</p> <p>Além dos exemplos práticos, o texto destaca o papel do pré-legado como uma ferramenta estratégica para as cidades-sede. A antecipação dos benefícios pode melhorar a percepção pública dos investimentos em megaeventos e fortalecer a posição das cidades no cenário internacional. Ao mesmo tempo, o pré-legado reflete uma mudança na forma como os Jogos Olímpicos são geridos, com maior ênfase na sustentabilidade, na inclusão social e no impacto econômico antes mesmo do início das competições.</p> <p>O ensaio conclui que o pré-legado se tornou uma componente crucial no planejamento de megaeventos esportivos, respondendo à demanda por resultados imediatos e tangíveis. À medida que o conceito continua a se desenvolver, é provável que ele se torne um critério essencial na escolha das cidades-sede, cujo processo foi alterado recentemente, ao contribuir para uma abordagem mais holística e sustentável dos Jogos Olímpicos e outros eventos globais. Este foco no pré-legado não só maximiza os benefícios para as cidades-sede, mas também redefine o legado olímpico como um processo que começa muito antes do evento e que pode ter impactos duradouros e positivos para a sociedade. Cidades brasileiras interessadas em discutir a possibilidade de sediar megaeventos poderiam se beneficiar do pré-legado ao engajar a população desde as fases iniciais em discussões que comprovem o interesse em garantir melhorias tangíveis antes do início das competições.</p> Braitner Moreira Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 Turismo futebolístico na cidade de Barcelona: O Camp Nou Experience como atrativo turístico https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/160 <p>O <em>Futbol Club Barcelona</em> (FCB) oferece um renomado serviço de visitas guiadas em seu museu e estádio, conhecido como "Camp Nou Experience". Com isso, o clube se consolidou como um dos principais pontos turísticos de Barcelona e uma referência ao nicho do turismo futebolístico. Este estudo teve como objetivo investigar, descrever e analisar a gestão do clube na implementação e consolidação desses serviços turísticos, além de apresentar contribuições para gestores esportivos e a expansão do turismo futebolístico na indústria e na literatura acadêmica. Metodologia: adotou-se a inovadora metodologia <em>Multipaper</em>, pois, esta permite a formatação de projetos acadêmicos extensos (e.g., teses e dissertações) em um compilado de estudos guiados por diversos métodos. Esta pesquisa constitui-se, portanto, de cinco estudos com temáticas e escopo respectivamente interrelacionados, pautados pelo objetivo geral como fio condutor. Os métodos utilizados foram: entrevistas qualitativas semiestruturadas, documentos e relatórios, reportagens, revisão bibliográfica e bibliométrica. Resultados: O primeiro estudo buscou compreender os fundamentos teóricos da literatura existente e abordar adequadamente o objeto de estudo, fornecendo bases para futuras pesquisas. Já o segundo trabalho revisou as produções científicas sobre o FCB, coletando materiais e dados detalhados sobre os serviços turísticos oferecidos pelo clube. O terceiro estudo analisou a evolução do museu e do tour pelo estádio desde a sua inauguração, bem como a estrutura organizacional do clube para atender à crescente demanda turística O quarto estudo investigou os impactos sociais e econômicos do <em>Camp Nou Experience</em> na comunidade local e analisou as relações comerciais do FCB com o órgão gestor do turismo local, outros clubes e empresas. O último estudo examinou os efeitos da pandemia de COVID-19 nos serviços turísticos do FCB, especificamente o <em>Camp Nou Experience</em>, e ofereceu perspectivas de recuperação para o setor de turismo futebolístico. Conclusão: o <em>Camp Nou Experience</em> tem se caracterizado por ser um espaço de entretenimento cultural e turístico que, com o futebol como principal temática de destaque, utiliza tecnologias e memória para atrair um público diversificado e em constante crescimento. A gestão desses serviços turísticos tem implementado medidas e um plano estratégico eficiente para organizar sua estrutura, oferta, relações sociais e comerciais, adaptando-se às novas tendências e exigências do turismo futebolístico. O museu do clube tem se desenvolvido exponencialmente nos últimos anos, elevando seu status ao ponto de ser comparado a museus de outros segmentos, como arte, cultura e história. Diversas contribuições teóricas e práticas foram discutidas e apresentadas ao longo do estudo.</p> Jonathan Oliveira Ricardo Ricci Uvinha Carlos Eduardo Silveira André Mendes Capraro Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 Gestão Desportiva: a Redescoberta do Brasil https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/167 <p>Este ensaio descreve a trajetória de formação acadêmica de profissionais brasileiros na área de Gestão Esportiva, no período de 1996 a 2023, ao mesmo tempo que descreve o percurso do Professor José Pedro Sarmento na área. A narrativa destaca sua atuação como professor e gestor no ISEF do Porto, onde começou lecionando natação e, posteriormente, assumiu a gestão de instalações desportivas. O processo de internacionalização da gestão desportiva teve início em 1992, com a participação de Sarmento no Congresso de Países de Língua Portuguesa, o que facilitou o intercâmbio acadêmico entre Brasil e Portugal. Em 1998, Sarmento propôs a criação do Mestrado em Gestão Desportiva na Universidade do Porto, enfrentando resistência inicial, mas obtendo sucesso ao longo do tempo, com significativa adesão de estudantes, especialmente brasileiros. O texto detalha três fases de ingresso desses estudantes no mestrado, abordando seus percursos acadêmicos e profissionais. Além disso, ressalta o impacto positivo das viagens frequentes de Sarmento ao Brasil e a outros países, que fortaleceram os laços institucionais entre universidades e ampliaram a internacionalização da gestão desportiva. Adicionalmente, o texto enfatiza o papel do intercâmbio acadêmico na consolidação da gestão desportiva como uma área de estudo reconhecida em nível internacional, promovendo o desenvolvimento de novos gestores no Brasil e em outros países.</p> José Pedro Sarmento de Rebocho Lopes Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1 Editorial https://rgne.org.br/index.php/home/article/view/168 <p><strong>Caros leitores e interessados na Gestão do Esporte,</strong></p> <p>O ano de 2024 é um ano Olímpico, desta forma, carrega a estigma de “morto o Rei”, “viva o Rei”, ou seja, ciclos que se encerram, ciclos que se iniciam. O nosso primeiro número de 2024 também tem esse perfil. Apresentamos nessa publicação textos de autores premiados nos Congressos Brasileiros de Gestão do Esporte e nos Prêmios Abragesp dos anos anteriores. Também trazemos textos de iniciativas novas. De qualquer forma, de forma até supreendentemente, temos excelentes textos, nacionais, internacionais, livres das amarras para se pontuar (de forma Simples) uma publicação.</p> <p>Apresentamos textos valiosos e que certamente podem contribuir com conhecimento em termos acadêmicos e em termos práticos da Gestão do Esporte.</p> <p>Destaque a publicação de textos de autores internacionais, da Estados Unidos, da Inglaterra e, um destaque especial de Portugal. Deste último país citado, apresentamos um relato histórico sobre os brasileiros e o Mestrado em Gestão do Desporto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. O texto é de autoria do querido professor José Pedro Sarmento de Rebocho Lopes, docente e amigo que recebeu diversos brasileiros no Porto e que faz parte da formação e do desenvolvimento da Gestão do Esporte no Brasil enquanto área de conhecimento.</p> <p>Como sempre, o esforço continua e a RGNE se confirma como referência da área da Gestão do Esporte na América Latina.</p> <p>Nos próximos números, a publicação de edições temáticas especiais. Aguardem!!!</p> <p>Ótima leitura a todos,</p> <p><strong>Prof. Dr. Leandro Mazzei</strong></p> <p><strong>Editor Chefe</strong></p> <p><strong>Universidade Estadual de Campinas - Brasil</strong></p> Leandro Mazzei Copyright (c) 2024 Revista de Gestão e Negócios do Esporte 2024-10-07 2024-10-07 9 1